SOBRE NÓS

Inicialmente pioneiro no avanço dos direitos das mulheres durante os primeiros anos do século XXI, o Brasil atualmente atravessa uma onda de conservadorismo que se iniciou em 2013 e se consolidou nas eleições de 2018, com a eleição de Jair Bolsonaro para a Presidência da República apoiado por segmentos conservadores do país. Sua gestão apresenta uma agenda anti-feminista que inclui diversos retrocessos em relação a conquistas das mulheres desde a redemocratização. Entretanto, no mesmo processo eleitoral, a bancada feminina na Câmara dos Deputados expandiu-se: as mulheres passaram a representar 15% dos parlamentares – um aumento de 72,4%, face aos 8,7% da legislatura anterior. A aparente contradição pode ser compreendida ao observar que 44 das 77 deputadas eleitas eram filiadas a partidos da base do governo e, em grande medida, contrárias às pautas feministas, representando uma inflexão na performance das mulheres no Parlamento que, até então, se dava em congruência com as pautas apresentadas pelos movimentos sociais comprometidos com o avanço da igualdade de gênero (Braga, 2008).

Dessa forma, o projeto Mulheres Eleitas, criado em maio de 2020, possui como objetivo examinar a atuação parlamentar dessas mulheres, bem como a ação dos movimentos sociais, redes e articulações vinculados a elas, sejam estes conservadores ou progressistas, mensurando sua influência na performance das deputadas. O projeto visa refletir como as congressistas de ambos os lados estão disputando o próprio significado de “mulher”. Para tal, analisaremos dados sobre o perfil, a trajetória, a atuação profissional e as redes de cada deputada, sendo eles: partido; partidos anteriores; estado pelo qual se elegeu; cor; escolaridade; trajetória profissional; se possui ou não filhos; frentes parlamentares das quais participa; participação em movimentos sociais, organizações da sociedade civil e/ou atividades sindicais representativas de classe e conselhos; projetos de lei propostos em autoria e coautoria; e posicionamentos nas principais votações do Congresso nos últimos anos. Os resultados da investigação serão compartilhados com a comunidade acadêmica e demais interessados por meio desta plataforma.

Coordenadoras

Previous slide
Next slide

Equipe

Possui graduação em Ciências Sociais Licenciatura pela Universidade Estadual de Maringá (2007), graduação em Ciências Sociais Bacharelado pela Universidade Estadual de Maringá (2010), mestrado em Ciências Sociais pela Universidade Estadual de Maringá (2015) e doutorado em Ciência Política pela Universidade Federal de São Carlos (2019). É pesquisadora do projeto Mulheres Eleitas (LAPPCOM-UFRRJ). Tem experiência na área de Ciência Política e Sociologia, com ênfase nos seguintes temas: associativismo, democracia, gênero, participação e representação política e políticas públicas.

LATTES

Profesora de Enseñanza Primaria y Licenciada en Historia, ejerció la docencia primaria y secundaria durante más de 15 años. Doctora en Historia (UNLP). Ingresó a la Carrera de Investigación en 2009 y, actualmente, se desempeña como Investigadora Principal del IDIHCS-UNLP/CONICET. Desde el 2016, es Directora del Centro Interdisciplinario de Investigaciones en Género (CInIG) y dirigió, entre 2017 y 2019, Descentrada, revista interdisciplinaria de género y feminismos, FaHCE/UNLP, la que actualmente integra. Profesora titular de Metodología de la Investigación y Problemas de Historia Argentina, FaHCE/UNLP. Su investigación enlaza género, política y metodología con un fuerte compromiso con la extensión comunitaria en el área de formación docente y estudiantil de distintos niveles educativos y ámbitos sociales. Entre otras publicaciones, Del hogar a las urnas (prohistoria, 2010); Contigo ni pan ni cebolla (Biblos, 2015); Moralidades y comportamientos sexuales (Biblos, 2014); Queridas Camaradas (Miño y Dávila, 2017), Ciudadanía política de las mujeres en Argentina (Grupo Editor Universitario, 2018). Premiada por la Academia Nacional de la Historia y la Secretaría de Derechos Humanos de la Provincia de Buenos Aires; obtuvo las becas Chaire Alicia Moreau (Université Paris Diderot, 2019) y Mellon-Schlesinger Summer Research Grant (2021). CONICET

Camila Galetti é graduada em Ciências Sociais pela Universidade Estadual de Maringá (2014). Mestra em Sociologia pela Universidade de Brasília (2016) onde estudou Movimentos Feministas contemporâneos e ciberativismos. Doutoranda em Sociologia (UnB) na linha de Política, Valores, Religião e Sociedade, onde estuda a ascensão da extrema-direita, antifeminismos e afetos. Integra a equipe editorial da Revista Espaço Acadêmico. Possui experiência nas áreas de Neofascismo, Teoria feminista e Neoliberalismo.

LATTES

Graduanda em Ciências Sociais pela Universidade de São Paulo. Fez parte do grupo de extensão universitária Sociologia em Movimento durante dois anos da graduação. Atualmente está desenvolvendo uma pesquisa de Iniciação Científica, pelo PIBIC, na área de sociologia, sobre mulheres no campo político, mais especificamente uma análise da escolha de Dilma Rousseff para ser a candidata a presidência do Partido dos Trabalhadores (PT) nas eleições de 2010. Também compõe os grupos de pesquisa da USP: GPSECC e NÓS; além do Projeto Mulheres Eleitas.

LATTES

Doutora e Mestre pelo Programa de Pós-Graduação em Direito, Estado e Constituição da Universidade de Brasília. Possui graduação em Direito pela Universidade Federal da Bahia. Assessora Técnica na Câmara dos Deputados nas áreas de direito constitucional, do trabalho, da seguridade social, dos direitos das mulheres e processo legislativo. Tem experiências nas áreas de Direito Público e atuação nos temas: direitos fundamentais, democracia, história do direito, questões de gênero e processo legislativo. Pesquisadora associada aos grupos de pesquisa: “Percursos, Narrativas, Fragmentos: história do direito e do constitucionalismo”/UnB, “O Direito Achado na Rua”/UnB e “Projeto Mulheres Eleitas” do Laboratório de Partidos, Eleições e Política Comparada (LAPPCOM).

LATTES

Mestranda em Ciências Sociais e graduada em Relações Internacionais pela Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ). Atua como pesquisadora e Coordenadora Adjunta do Laboratório de Eleições, Partidos e Política Comparada (LAPPCOM), grupo vinculado ao DCP/UFRJ E AO PPGCS/UFRRJ. É pesquisadora e assistente de coordenação do projeto Mulheres Eleitas.

LATTES

Especialista em Relações de Gênero e Sexualidades e mestra em Ciências Sociais pela UFJF. Atualmente, cursa doutorado em Ciências Sociais pela UFRRJ e atua como pesquisadora do projeto Mulheres Eleitas, vinculado ao LAPPCOM/UFRRJ.

LATTES

Doutoranda na Faculdade de Linguística e Estudos Literários da Universidade de Bielefeld. É mestre em Política, Economia e Filosofia (2019) pela Universidade de Hamburgo e bacharel em Ciências Sociais e Políticas (2015) pela Escola de Sociologia e Política (FESPSP). Em sua pesquisa de doutorado, Lívia de Souza Lima examina o trabalho das Deputadas Federais negras atuantes na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro no exercício de 2019/2022. Ela concentra-se na forma como as intersecções de género, raça e classe influenciam e enquadram o trabalho parlamentar dos casos selecionados. É co-fundadora do coletivo feminista “Miradas Feministas”, com sede em Hamburgo, trabalhando a ideia de que as estratégias feministas latino-americanas são uma fonte legítima de conhecimento.

LATTES

Atualmente, é professora substituta no Departamento de Filosofia da Universidade Federal do Mato Grosso (UFMT). É doutoranda em Filosofia no Husserl-Archiv da Albert-Ludwigs-Universität Freiburg, sob orientação do Prof. Hans-Helmuth Gander e doutoranda em Sociologia no PPGS da UECE, sob a orientação da Prof. Dra. Lia Barbosa. Realiza especialização em Gênero e Cuidado pela CLACSO e em Epistemologias do Sul, também pela CLACSO. Coordena o projeto “A hermenêutica da pandemia – compreendendo e transformando em tempos de exceção” (UFMT) e integra o projeto “Mulheres Eleitas” (LAPPCOM-UFRJ/UFRRJ). Membra da Rede Brasileira de Mulheres Filósofas e da Red de Mujeres Filosofas de América Latina (REDDEM). É mestre em Filosofia pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio) e possui bacharelado e licenciatura plena em Filosofia pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ). Tem experiência na área de Filosofia, com ênfase em estudos de Gênero, Ética, Filosofia Política e Ontologia, atuando principalmente nos seguintes temas: feminismo, hermenêutica, fenomenologia, conflitos políticos.

LATTES

Paula Bedin es Licenciada y Profesora en Filosofía por la Universidad Nacional de Mar del Plata, Argentina. Es Magíster y Doctora en Ciencias Sociales por la Universidad Nacional de Quilmes. Se desempeña como docente de grado en las Facultades de Humanidades, Ciencias de la Salud y Trabajo Social y Psicología de la UNMdP. En esta última ha dictado cursos de posgrado, referidos al concepto de sujeto en Judith Butler. Es representante de la Faculta de Humanidades en la comisión del Protocolo de Actuación en casos de Violencia de Género de la UNMdP. Ha publicado artículos académicos en distintas revistas así como diversos capítulos de libros. Sus temas de investigación son el género en relación a la ciudadanía y la representación política en su dimensión simbólica y performativa.

Doutoranda no Programa de Pós-graduação em Sociologia da Universidade de São Paulo (USP) e bolsista CAPES. Possui mestrado em Políticas Públicas pela Universidade Federal do ABC (UFABC), com pesquisa financiada pela FAPESP, e bacharelado em Relações Internacionais pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP). Foi pesquisadora da FGV Direito SP, é coautora do livro “Candidatas em jogo: um estudo sobre os impactos das regras eleitorais na inserção de mulheres na política” (2020). Possui experiência nos seguintes temas: cotas de gênero, partidos políticos e representação de mulheres na América Latina.

LATTES